Preço da carne segue alto e pode subir mais
O preço da carne caiu 0,43% no Brasil em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), mas permanece alto na comparação com anos anteriores e deve voltar a subir, segundo especialistas.
Nos últimos 12 meses, a carne bovina acumulou inflação de 22,17%. Os cortes mais populares, como acém, peito e músculo, estão entre os que mais encareceram.
A previsão é que o preço volte a aumentar, impulsionado pelo ritmo forte das exportações, maior consumo interno e redução no número de bois abatidos nos próximos dois anos.
Um dos fatores que ajudam a explicar os preços altos é a exportação da carne brasileira, que continua aquecida mesmo após o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O setor se adaptou à nova realidade. Em agosto, os Estados Unidos caíram da segunda para a quinta posição entre os maiores compradores da carne brasileira, atrás de China, México, Rússia e Chile.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o México foi o destaque. De janeiro a julho, o Brasil exportou três vezes mais carne para o país do que no mesmo período de 2024.
Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista do Safras & Mercados, com parte da produção voltada para o exterior, sobra menos carne no mercado interno, e isso mantém os preços elevados.
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Susi Cristo
jornalismo@universallfm.com.br
Publicado em: 22/09/2025, 16:09
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